sexta-feira, 31 de maio de 2013
quinta-feira, 2 de maio de 2013
Los Viajes de Clovis Dardentor – Júlio Verne
Escritor francês é considerado por críticos literários o precursor do gênero de ficção
científica, tendo feito predições em seus livros sobre o aparecimento de novos
avanços científicos, como os submarinos,
máquinas voadoras e viagem à Lua.
Até
hoje Júlio Verne é um dos escritores cuja obra foi mais traduzida em toda a
história, com traduções em 148 línguas, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de 100
livros.
Obrigada Wikipédia!!!! (Risos)
Sobre Los viajes de Clovis Dardentor – em português Clovis Dardentor.
Antes de
falar qualquer coisa sobre o conteúdo desse livro, gostaria de falar que gastei
muito bem as horas destinadas a leitura do mesmo.
Ganhei meu
exemplar do meu noivo que o viu num sebo e, por estar escrito em espanhol,
resolveu comprar para mim. Quando me deu eu agradeci e pensei em lê-lo, mas fui
deixando pra “amanhã” e lendo outras coisas e ele ficou na minha estante por
quase dois anos sem que eu o lesse. Depois que o li, agradeci mais uma vez a
meu noivo, pois simplesmente adorei o livro.
Um pouco das personagens.
Clovis Dardentor: O protagonista da
história da história é um bilionário de origem pobre que fez fortuna
trabalhando no pesado, em fábrica de mármores, de barris, etc.. E tem o desejo
de ter um filho adotivo para ter um herdeiro de sua fortuna. É falante e não
tem a compostura que se espera de alguém de sua classe.
Juan Taconnat e Marcel Lornans: Primos
irmãos parisienses que viajam de Sète à Orã com o intuito de se alistarem no 7°
Regimento de Caçadores da África e adiam o alistamento para seguirem Dardentor
e convertê-lo em um pai adotivo de um dos dois.
Patrício: Inglês, criado de Dardentor
com quem tem uma relação de amor e ódio, já que desaprova os péssimos hábitos e
modos do patrão e deixa sua opinião bem clara sobre tais, fazendo com que
Dardentor o mande ao diabo muitas vezes. No entanto, um só confia no outro.
Casal Desirandelle: Pais de Agatocles. Interesseiros
que querem garantir o futuro do filho casando-o com Luisa de Elissane. Segundo
Patrício, veem em Agatocles uma fênix quando na verdade o rapaz não chega a ser
sequer um canário.
Agatocles Desirandelle: Prometido de
Luisa. É descrito como um completo idiota, como alguém que nem ao menos pensa,
pelo simples fato de não saber como fazê-lo. Durante a narrativa não há cinco
frases ditas por Agatocles já que este só abre a boca pra comer.
Senhora de Elissane: Mãe de Luisa. Viúva
que ficou encarregada de cuidar da herança que o marido deixou para a filha e
por ser prática e visionária fez a fortuna da filhar aumentar com o tempo.
Luisa de Elissane: Jovem doce, bonita e
inteligente, destinada a casar com Agatocles Desirandelle desde que se entende
por gente, mesmo que o repugne.
Enfim a história:
A narrativa
conta a história de Clovis Dardentor, um homem de 45 anos, de origem humilde,
que enriqueceu trabalhando no pesado e que, mesmo sendo bilionário, não tem os
modos que se espera de uma pessoa de sua classe, o que desagrada e muito a seu
criado Patrício, que por sua vez é bem educado e sabe se portar muito bem como
todo “bom inglês”.
Toda a
história se passa em poucos meses quando Clovis Dardentor é convidado por seus
amigos, o casal Desirandelle e seu filho Agatocles, para viajar de Sète, uma
cidade litorânea da França, até Orã uma cidade no litoral mediterrâneo da
Argélia, na África, para ajudar a Agatocles conseguir impressionar a Luisa de
Elissane, sua prometida desde a infância.
A viajem
de Sète à Orã é feita de barco, o Argelés, que cruza o mediterrâneo parando em
Baleares, um arquipélago na Catalunha (Espanha).
Durante o percurso no Argelés, Dardentor conhece dois
primos parisienses que saem de Sète com destino a Orã, com o intuito de se
alistarem no 7° Regimento de Caçadores da Àfrica, Juan Taconnat e Marcel
Lornans, que são apresentados ao leitor antes mesmo que Dardentor seja. Assim
sendo, ficamos conhecendo Juan Taconnat e Marcel Lornans antes do Argelés
zarpar de Sète e Dardentor só um capítulo depois, posto que o mesmo se atrasa
para a partida, pelo simples fato de ser Dardentor e não fazer nada igual aos
demais, e alcança o Argelés saindo da costa de Sète, fazendo o capitão Bugarach
parar o Argelés para esperar Dardentor que vem em um barco menor com seu criado
Patrício.
Durante o
jantar no Argelés, Clovis Dardentor, conversando com Juan Taconnat e Marcel
Lornans, confessa que tem uma grande fortuna, mas morrendo ele, apesar de gozar
de uma fortuna invejável, não tem herdeiros, já que não tem filhos, esposa ou
parente de espécie alguma. E admite que pretende adotar um filho já maior de
idade, para não deixar a fortuna para o governo. Então, Marcel Lornans explica
que para adotar um filho maior de idade é preciso que o adotante tenha cuidado
de sua educação quando este era menor de idade, o que deixa Dardentor
impossibilitado de ser um pai adotivo, já que nunca se encarregou da educação
de ninguém. Então, Marcel Lornans lhe explica que existe um artigo no código
civil, o artigo 345, que permite a adoção de alguém maior de idade, mesmo que o
adotante não tenha se encarregado de sua educação quando menor, desde que o
adotado salve ao adotante do fogo, da água, ou de algum ataque.
Ao
explicar o artigo 345 a Dardentor, Marcel Lornans desperta em seu primo Juan
Taconnat a ideia de salvar Dardentor de algum perigo durante o trajeto no
Argelés e ser ele ou seu primo, Marcel Lornans, o filho adotado pelo
bilionário, falante e aventureiro Clovis Dardentor.
A partir
de então, a narrativa segue contando, de forma burlesca, todas as tentativas
fracassadas de Juan Taconnat em salvar Dardentor de algum perigo que se
apresente.
Chegando a
Orã, alguns acontecimentos incrementam a história, pois é lá que conhecemos a
Senhora de Elissane e sua bela filha Luisa de Elissane que encanta a Marcel
Lornans e vai se deixando encantar por ele enquanto Agatocles Desirandelle não
faz nada para agradar a moça. Como é missão de Dardentor fazer Luisa gostar de
Agatocles, ele tem a ideia de sair em caravana visitando boa parte de Argélia,
com esperança de que durante a viagem Agatocles se mostre mais prestativo e
cuidadoso com Luisa e esta possa lhe ver com outros olhos, coisa que vai se
tornando impossível a cada dia já que Luisa repugna, cada vez mais, seu noivo
abestalhado.
Durante
todo o percurso o narrador descreve minuciosamente as cidades por onde as personagens
passam, com todos seus pontos turísticos, suas fontes de renda, etc., de forma
engraçada, assim como descreve as personagens e os acontecimentos da história.
Não posso dizer se tal aspecto é característica da escrita de Júlio Verne, pois
esse foi o primeiro livro que li do autor, mas, sem dúvida, é algo que prende o
leitor. Descrição incrementada com piadas e comentários engraçado é, sem
dúvida, algo que prende o leitor e não o deixa se enfadar com a falta de
diálogos.
Assim, em
Los viajes de Clovis Dardentor, ou Clovis Dardentor como é o título em
português, o leitor encontra uma história engraçada, com personagens fortes e
bem diferentes um dos outros.
É uma
história que te faz rir do começo ao final e te deixa com saudade e com vontade
de voltar para as primeiras linhas assim que você termina de ler a última.
Maylla Rolim.
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